Acabou o período eleitoral. Conforme previam as principais pesquisas o candidato do prefeito Paulo Serra venceu no primeiro turno.
Surpreendente foi a margem de votos de diferença para os demais postulantes.
O futuro prefeito de Santo André Gilvan Junior (PSDB) recebeu 60,98% dos votos válidos. Em segundo lugar ficou Bete Siraque (PT) com 15,88, seguida de Luiz Zacarias (PL) com 11,35%, Eduardo Leite (PSB) com 9,7% e coronel Sardano (NOVO) com 1,96%.
Enfoquemos esse resultado por dois prismas. O primeiro é enquanto população. Será que o mandato do atual prefeito que termina em 31 de dezembro foi tão bom quanto a propaganda prega? Com relação às obras feitas, o governo tem um destaque muito positivo, pois tirou do papel algumas obras que estavam paradas há décadas, enquanto outras têm utilidade duvidosa, principalmente o corredor de ônibus da perimetral. No entanto, encontramos uma cidade suja, com moradores dormindo ao relento, muitos camelôs espalhando suas mercadorias nas calçadas, dificultando a circulação dos pedestres. Sem contar a frota de ônibus velhos e sujos da cidade, que circula em itinerários curtos com uma das tarifas mais altas da região.
Mas o assunto que nos interessa é a situação financeira do município. É claro para todos que a prefeitura passa por dificuldades financeiras graves. O próprio decreto de contingenciamento de gastos editado no final do ano passado não deixa dúvidas. Essa situação obviamente é de conhecimento do nosso futuro prefeito, pois o mesmo faz parte da atual gestão.
E a situação da fiscalização tributária? Quem poderia auxiliar o município a equilibrar a situação financeira promovendo aumento na arrecadação tributária e justiça fiscal ficou de fora de todas as políticas adotadas pelo atual governo. Não fomos reclassificados, ao passo que outras categorias da mesma secretaria de Gestão Financeira o foram. Não foram implementadas ações de fiscalização que visassem o aumento na arrecadação, passando uma imagem de Santo André ser o paraíso da sonegação. Até mesmo o tão propalado projeto de produtividade fiscal e participação na arrecadação, que se tornou somente produtividade fiscal, ficou pelo caminho.
O que esperar do futuro governo Gilvan Junior? Se seguir as diretrizes do atual governo esperamos total descaso com a administração tributária e, consequentemente, com a carreira da auditoria fiscal.
Porém, como se diz no futebol, a esperança é a última que morre. De repente o futuro prefeito tem outra visão administrativa e, numa atitude altruísta, de visão arrecadadora, nos chama para conversar e nos concede a oportunidade de expor nossos projetos.
Estamos à disposição do nosso futuro prefeito.